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Hoje em dia falamos tanto sobre evitar o consumo excessivo e/ou frequente de alimentos processados e ultraprocessados. Mas, muitas vezes não sabemos, de fato, a que tipos de alimentos esses termos se referem. Por isso, decidimos esclarecer essa dúvida. Vamos lá?

 

👉🏼 Os alimentos podem ser classificados de acordo com o tipo de processamento ao qual são submetidos na sua produção. São elas:

 

🔸 Alimentos in natura: são obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Exemplos: frutas, legumes, verduras, raízes, tubérculos e ovos.

 

🔸  Alimentos minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas (limpeza, remoção de partes não comestíveis, secagem, embalagem, pasteurização, resfriamento, congelamento, moagem e fermentação). Essas alterações mínimas não envolvem a adição de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original. Exemplos: arroz, feijões e demais leguminosas, farinhas (ex. milho, trigo, mandioca); raízes e tubérculos lavados; cortes de carnes resfriados ou congelados, leite pasteurizado, ultrapasteurizado (“longa vida”) ou em pó, ervas frescas e secas, canela, frutas secas, sucos de frutas sem adição de açúcar, castanhas, nozes, amendoim e outras oleaginosas (sem adição de sal), chá, café, água potável.

 

🔸 Alimentos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário (ex. óleo e vinagre) aos alimentos in natura ou minimamente processados para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. Exemplos: frutas em calda, frutas cristalizadas, carne seca, sardinha e atum enlatados, queijos, pães feitos de farinha de trigo leveduras, água e sal; extratos ou concentrados de tomate (com sal e/ou açúcar); cenoura, ervilha, pepino e palmito preservados em salmoura em solução de sal e vinagre.

 

🔸 Alimentos ultraprocessados: são alimentos produzidos em indústria e que possuem em sua composição elevados conteúdos de sal, açúcar, óleos e gorduras. Além de também conterem substâncias sintetizadas em laboratório derivadas de alimentos (ex. óleos, gorduras e açúcar) e de outras fontes orgânicas como petróleo e carvão (ex. corantes, aromatizantes e realçadores de sabor). Essas substâncias são acrescidas aos alimentos e atuam como aditivos alimentares, cuja função seria estender o tempo de prateleira (validade) e conferir mais cor, sabor, aroma e textura, tornando os alimentos mais “atrativos” para consumo. Exemplos: embutidos (salsicha, presunto, salame, calabresa), adoçantes artificiais, pó para suco, produtos congelados prontos para aquecimento (massas, pizzas, hambúrgueres), empanados de frango ou peixe como nuggets, biscoitos, sorvetes, balas, cereais açucarados, bolos “de pacote” e misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão instantâneo, temperos e molhos “prontos”, salgadinhos “de pacote”, refrescos e refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas adoçadas e aromatizadas, bebidas energéticas, pães de forma, pães para hambúrguer ou hot dog, pães doces dentre outros.

 

🔸 Óleos, gorduras, sal e açúcar: são produtos extraídos de alimentos in natura ou da natureza e usados para temperar, cozinhar os alimentos e criar preparações culinárias. Esses alimentos deverão ser utilizados em pequenas quantidades.

 

👉🏼 No geral, deveremos:

 

🔸Consumir os alimentos in natura ou minimamente processados como a base da nossa alimentação diária;

 

🔸 Limitar o consumo de alimentos processados, consumindo-os em pequenas quantidades como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de uma refeição baseada em alimentos in natura ou minimamente processados;

 

🔸 Evitar o consumo dos alimentos ultraprocessados devido à sua composição nutricional desbalanceada e por conterem alto teor de gorduras, açúcares, sal e aditivos.

 

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Imagens adaptadas do Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed., Ministério da Saúde, 2014.

 

📝 Por:

Amanda Guimarães

Nutricionista Infantil ❤️

Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente (UFPE)

Esp. Nutrição Clínica (residência) IMIP/PE

@amandaguimaraes.nutriinfantil